Construção a Seco: Economia de Água e Sustentabilidade em Tempos de Crise Hídrica

A crise hídrica é uma realidade crescente no Brasil e afeta diretamente o modo de vida das pessoas. Com cidades em situação de emergência, como Bauru e Atibaia, medidas de racionamento e a distribuição de água potável têm sido implementadas, criando uma urgência para que diferentes setores repensem o uso de recursos naturais. Entre eles, a construção civil é um dos que mais demanda água. A boa notícia é que alternativas mais sustentáveis estão ganhando força, e a construção a seco, especialmente com a tecnologia Light Steel Frame, se destaca como uma opção eficiente e econômica.

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A seguir, vamos entender como essa técnica contribui para a economia de recursos, principalmente água, e por que ela pode ser a solução para o futuro da construção no Brasil.

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O Impacto do Setor de Construção no Consumo de Água

O setor da construção civil consome volumes expressivos de recursos hídricos. Dados do World Business Council for Sustainable Development mostram que a construção é responsável por cerca de 5% do consumo global de água. No Brasil, esse número é ainda mais preocupante, já que os métodos tradicionais de construção em alvenaria demandam grandes quantidades de água para diversos processos, como a cura do concreto, limpeza de ferramentas e misturas.

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Em média, são utilizados cerca de 500 litros de água por metro quadrado em construções convencionais. Esse número é alarmante quando comparado às necessidades urgentes de preservação dos recursos hídricos no país. A crise hídrica atual pede soluções imediatas e sustentáveis, e a construção a seco se apresenta como uma alternativa viável, principalmente em grandes centros urbanos e regiões afetadas pela escassez de água.

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O Que é Construção a Seco?

A construção a seco é um método que dispensa o uso de água em boa parte dos processos. Ela envolve o uso de estruturas metálicas ou painéis pré-fabricados, eliminando a necessidade de argamassa ou concreto em diversas etapas da obra. Um dos sistemas mais eficientes nesse modelo é o Light Steel Frame, que utiliza perfis de aço galvanizado leves para estruturar a edificação.

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Vantagens da Construção a Seco com Light Steel Frame

  • Economia de Água: O sistema Light Steel Frame utiliza apenas 5 litros de água por metro quadrado, comparado aos 500 litros do método tradicional de alvenaria.
  • Rapidez: A montagem é significativamente mais rápida, o que reduz o tempo de obra e os custos com mão de obra.
  • Redução de Resíduos: Como os materiais são pré-fabricados, há menos desperdício no canteiro de obras.
  • Conforto Térmico e Acústico: O sistema proporciona melhor isolamento térmico e acústico, garantindo maior conforto aos moradores.
  • Sustentabilidade: Além de economizar água, a construção a seco utiliza materiais recicláveis, como o aço, e gera menos entulho.
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A Crise Hídrica e a Urgência de Alternativas Sustentáveis

Em um cenário onde mais de 50 cidades em São Paulo enfrentam crises hídricas, a adoção de tecnologias que poupam água não é mais uma opção, mas uma necessidade. De acordo com a vice-presidente da Innova Steel, Caroline Siqueira, o setor da construção precisa urgentemente modernizar seus processos e adotar práticas mais sustentáveis. "Nosso setor precisa urgentemente adotar novas medidas e métodos mais sustentáveis, que utilizem menos recursos", afirma.

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Como o Light Steel Frame Reduz o Consumo de Água?

O Light Steel Frame é uma das tecnologias mais promissoras para a redução do consumo de água nas construções. Ao eliminar a dependência da cura do concreto e do uso extensivo de argamassa, o sistema demanda uma quantidade ínfima de água, usada principalmente para pequenos ajustes e limpeza de ferramentas.

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Além disso, a tecnologia é especialmente eficaz em regiões onde o racionamento de água já está em vigor. Com o crescente número de cidades em crise hídrica, como apontado pela Defesa Civil de São Paulo, a implementação dessa técnica torna-se uma solução viável não só para grandes construtoras, mas também para pequenos empreendimentos residenciais.

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Desafios para a Expansão da Construção a Seco no Brasil

Apesar das inúmeras vantagens, o Light Steel Frame ainda enfrenta desafios para sua adoção em larga escala no Brasil. Um dos principais entraves é a legislação atual, que permite o uso desse método apenas em edificações de até quatro andares. Embora esse limite restrinja o crescimento do setor em edifícios altos, o mercado residencial de casas e prédios de menor porte tem um grande potencial para adotar essa tecnologia.

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Além disso, a falta de conhecimento e a resistência cultural a novos métodos de construção ainda são barreiras. Muitos construtores e engenheiros ainda preferem os métodos tradicionais de alvenaria por serem amplamente conhecidos e utilizados. No entanto, a tendência é que o mercado brasileiro acompanhe a demanda global por construções mais sustentáveis e eficientes, o que deve acelerar a aceitação da construção a seco.

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Oportunidades de Crescimento

Mesmo diante dos desafios, a construção a seco está em plena expansão. Dados da Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM) mostram que o uso da tecnologia Light Steel Frame cresceu 60% nos últimos anos. Com o aumento da conscientização ambiental e a necessidade de alternativas mais eficientes, esse número tende a crescer ainda mais nos próximos anos.

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Além disso, a demanda por construções mais rápidas, limpas e econômicas faz com que essa tecnologia seja vista como a solução para o futuro. Com a previsão de que a crise hídrica se intensifique em diversas regiões do país, o modelo de construção a seco deve ganhar ainda mais espaço, especialmente em grandes centros urbanos onde a escassez de água já é uma realidade.

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Conclusão

A construção a seco, especialmente com o uso de tecnologias como o Light Steel Frame, apresenta-se como uma solução eficiente e sustentável para a crise hídrica que o Brasil enfrenta. Com uma economia de até 90% no consumo de água, rapidez na construção e redução de resíduos, o método está cada vez mais sendo adotado por construtores que buscam inovação e sustentabilidade.

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Embora ainda existam desafios, como a legislação restritiva e a resistência cultural, o crescimento de 60% no uso dessa tecnologia nos últimos anos é um indicativo claro de que o futuro da construção no Brasil pode ser mais sustentável e menos dependente de recursos escassos, como a água.

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Para síndicos e gestores de condomínios, adotar práticas como a construção a seco pode não só garantir edificações mais eficientes e econômicas, mas também contribuir diretamente para a preservação de recursos naturais e a sustentabilidade dos empreendimentos.

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